SSP promove capacitação com foco na humanização do atendimento a mulheres vítimas de violência

Por ASCOM às 21/07/2017 10:51

Curso é resultado da parceria com a Secretaria da Mulher e dos Direitos Humanos

Texto de Mayara Melo

Numa parceria entre a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSPAL) e a Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos (Semudh), acontece entre os dias 19 de julho e 25 de agosto o curso sobre ‘Procedimentos Humanizados: Mulheres em Situação de Violência’, no Auditório Aqualtune do Palácio República dos Palmares. A coordenação pedagógica do curso é feita pela Chefia de Ensino Integrado da SSP.

 

Com a meta de oferecer acolhimento às mulheres vítimas de violência as secretarias de Estado estão capacitando os agentes públicos da segurança que prestam serviços à essas mulheres, a fim de contribuir na sua atuação e no seu desempenho quanto às garantias de direitos, deveres e políticas de proteção aos grupos vulneráveis.

 

O curso será desenvolvido buscando aliar a teoria referente aos direitos das mulheres violentadas e o atendimento humanizado específico, no momento em que buscam apoio policial.

 

“Os alunos terão a oportunidade de reconhecer situações que envolvem violência contra as mulheres e vislumbrar possíveis procedimentos que precisam, podem e devem ser adotados”, explicou Sueli Cavalcante, chefe de Ensino da SSP.

 

De acordo com o Núcleo de Estatística e Análise Criminal (Neac) da SSP, as cidades que mais registram casos de violência contra as mulheres são Maceió, Arapiraca, Palmeira dos Índios, São Miguel dos Campos, Rio Largo, Delmiro Gouveia e Marechal Deodoro.

 

“A Polícia, na maior parte dos casos, é a primeira instituição onde a mulher procura ajuda, sendo realizadas diversas prisões em flagrantes e instaurados os devidos inquéritos policiais para apuração das denúncias”, revela a delegada da Mulher de Alagoas Paula Mercês.

 

O resgatista do Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas, sargento Anibal da Silva, explicou sobre a necessidade de um atendimento mais humanizado e voltado para o cuidado com a vítima.

 

“É importante sabermos para onde encaminhar essas pessoas vítimas de agressões após o atendimento hospitalar. Na maioria dos casos, quando somos acionados, a primeira informação que recebemos é sobre queda ou trauma. Só após uma conversa, descobrimos que foi agressão doméstica. E isso nos fomenta a necessidade de saber o local ideal para conduzir a vítima para um acompanhamento que dê continuidade a um atendimento humanizado” destaca o sargento.

 

O sargento é um dos alunos do curso de procedimentos e se mostra preocupado com situações impostas ao gênero feminino.

 

“A mulher, quando volta a sua residência, não tem um respaldo que aquela situação será resolvida. Ela volta certa que será novamente agredida e isso gera impotência no profissional que não pode dar uma continuidade assistida. Um acompanhamento educativo para que a mulher entenda que ela não é escrava do lar, é apenas uma componente e têm direitos e deveres que devem ser respeitados, é nosso anseio”, conclui.

 

A delegada da mulher, explica que os casos de violência registrados em boletins de ocorrência chegam a somar mais de 200  por mês. No entanto, muitas mulheres ainda desistem de prosseguir com a investigação retirando a queixa.

 

“Nos crimes que dependem de representação, como ameaças, não podemos investigar, caso a vítima desista da denúncia. Já nos crimes de lesões corporais mediante violência doméstica, a mulher não pode desistir da queixa, já que o fato é de ação pública incondicionada”, explica a delegada.

 

O secretário de Políticas da SSP, delegado Manoel Acácio Júnior aconselha aos partícipes do curso a aproveitarem cada momento da capacitação, aclarando sobre a importância da prevenção.

 

“Por questões emocionais ou por dependerem financeiramente de seus cônjuges e pensarem em suas famílias, muitas mulheres não denunciam a violência sofrida, aumentando assim sua vulnerabilidade”, alerta o secretário.

 

São duas turmas simultâneas. A primeira, com cerca de 70 alunos, tem capacitação nos dias 19 e 25 deste mês e 15 e 22 de agosto. A segunda turma tem aulas nos dias 20 e 27 deste mês e 17 e 24 de agosto, com cerca de 60 alunos.

 

O curso sobre ‘Procedimentos Humanizados: Mulheres em Situação de Violência’ conta com a participação de profissionais do Corpo de Bombeiros Militar, Instituto Médico Legal (IML), policias civis e militares, além de servidores da Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris).

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