SSP realiza a 2ª edição do seminário de atualização em Polícia Comunitária

Agentes da Segurança Pública tem aproximado a população com ações voltadas a comunidade

Texto de Mayara Melo

Além de patrulhar, abordar e garantir a presença do Estado, os policiais militares também tem a missão de se aproximar da comunidade e assim garantir a paz social. Foi com esse foco que o auditório da Escola Superior de Magistratura (Esmal) recebeu a 2ª edição do Seminário de Atualização em Polícia Comunitária do Estado de Alagoas. O evento foi realizado nesta sexta-feira (07).

O evento teve como objetivo mostrar à comunidade que a interação, organização e participação da comunidade são necessárias para se fazer segurança pública. De acordo com o Major Iran Rêgo, um dos organizadores do evento e chefe do Núcleo Articulação de Política de Prevenção da SSP, a prevenção não é feita sozinha. “A Polícia Comunitária precisa do apoio das pessoas para identificar elementos que auxiliem na resolução desses conflitos e assim resolvê-los. Os vínculos precisam ser criados, do contrário não iremos atingir uma excelência em prevenção de segurança pública”, disse.

 

As Bases Comunitárias estão distribuídas em Maceió nos bairros considerados mais violentos. O policial além de abordar, patrulhar, também se aproxima da comunidade. Ele vai às escolas, organiza eventos, reuniões e rodas de conversas sobre diversos temas culminando em mediação de conflitos. As bases funcionam com uma guarnição única composta por três agentes que realizam repreensão e prevenção.

O tenente da PM, Alex Xavier, um dos palestrantes do evento, e falou do panorama de polícia comunitária nas escolas. De acordo com ele, a interação com a comunidade escolar é importante e decisiva para que a criança veja um policial e deseje seguir a mesma carreira, por ele espelhar confiança e segurança.

Hoje quem está presente é a comunidade juntos com os agentes. O agente de segurança pública precisa entender as boas práticas em Polícia Comunitária. O policial precisa entender a filosofia de policiamento de proximidade, que é estar junto da comunidade para junto dela resolver os problemas que ela possui.

O evento também contou com a presença capitão da Policia Militar de Minas Gerais, Ronan Sassada Silva, que falou sobre a sua experiência com este tipo de policiamento e aproveitou para trocar conhecimento com os policiais alagoanos. Ele ressaltou o desafio ao país de promover policiamento comunitário e lembrou a importância da integração entre as polícias nesse processo.

 

“Nossa sociedade tem características semelhantes e desafios semelhantes também. Percebo que em todos os lugares que visito, há um avanço e uma preocupação das instituições na consolidação dessa filosofia de trabalho e é muito positivo. Alagoas está no caminho certo com jovens oficiais motivados e buscando conhecimentos. As distorções que havia no início têm sido quebradas e no futuro teremos uma polícia voltada a atender as reais  necessidades da comunidade”, afirmou.

Também presente ao evento, o Programa Ronda no Bairro corrobora com a Polícia Comunitária. Por ser um mecanismo que ganhou a confiança das pessoas ao estabelecer laços entre moradores, comerciantes e frequentadores das áreas onde o serviço é realizado, os policiais buscam adquirir mais conhecimento.

Houve ainda entrega de placas de homenagem a diversas autoridades e personagens marcantes na construção do processo de policiamento de proximidade e confiança da sociedade com as forças de seguranças. Um exemplo é o sargento PM, Lúcio dos Santos, comandante da base comunitária do Vergel do Lago, que vai pra reserva deixando um legado de atuação e melhoramento na comunidade onde operava.

Também participaram do evento integrantes da Polícia Militar, do Ronda no Bairro, Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas, Forças Armadas, Agentes da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), Agentes da Guarda Municipal de Maceió, representantes escolares, representantes dos Conselhos Comunitários, alunos e comunidade em geral.