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Novos soldados estão prontos para fortalecer a segurança pública em Alagoas

Conheça a rotina de dois recrutas que querem fazer a diferença nos batalhões da Rádiopatrulha e Bope

Texto de Maria Barreiros

Em janeiro de 2016, a fisioterapeuta Evellyn Oliveira, 27 anos, iniciou um novo ciclo em sua vida. Ela foi nomeada pelo governador Renan Filho para ser uma das 50 mulheres, no universo de 200 soldados da Polícia Militar de Alagoas, procedentes da reserva técnica do último concurso do segmento.

 

Durante os nove meses de treinamento, ela já compreendia que sua trajetória profissional iria se transformar radicalmente. Evellyn Oliveira, aos poucos, sentia que sua vocação era ser soldado do Batalhão da Rádiopatrulha (RP) ou do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).

“Inicialmente, quando fiz o concurso, o que me atraiu foi a questão financeira. Mas depois que eu entrei, fiz o treinamento, me apaixonei pelo militarismo. A parte operacional me encantou. É adrenalina a toda prova! E os instrutores são muito preparados, o que me fez ficar ainda mais encantada. Sinto o impacto que a gente consegue na sociedade. Sou grata ao coronel Bolívar, que foi meu instrutor”, ressaltou a soldada.

 

O estágio de patrulhamento tático foi o grande marco para a nova policial militar. Ao passar pelas duas semanas do treinamento intensivo, ela sabia que não poderia voltar atrás e, finalmente, seria um soldado do Bope, pronta para defender o Estado.

 

“Foram 15 dias de nivelamento. Foi diferente de tudo que vivi durante os meses de treinamento. A rotina exigiu bastante. Serviu para nivelar mesmo. Testar nossa resistência. Para saber se estávamos no patamar similar dos que já são da tropa. Houve muita atividade física, para que conseguíssemos patrulhar, descer as grotas. Tem que ter muito preparação física. Creio que aí está o diferencial do Bope. Tivemos instruções de como lidar com explosivos e armas específicas, mas o principal foi aprendermos a ter autocontrole e saber lidar em situações de risco e pressão”, disse Evellyn Oliveira.

 

Desde a última semana, a recém-formada policial militar já está atuando em operações reais, pelas ruas da cidade, sendo parceira de policiais experientes, no combate à criminalidade.

 

Sonho de criança

 

O educador físico Rodrigo Vasconcelos dos Santos, 27 anos, foi um dos nomeados na reserva técnica do último concurso da PM. Segundo o novo soldado, desde criança sonhava em combater o crime e a violência.

 

O soldado lembrou, com alegria, do pacto que Renan Filho fez, ainda como candidato ao Governo, para nomear os candidatos da reserva técnica, assim que houvesse disponibilidade de orçamento. “E assim ele cumpriu. Sou prova viva disso”, lembrou ele.

 

Após passar pelos nove meses de treinamento, ele optou em servir à Radiopatrulha. “Tivemos aulas de como agir juridicamente, aulas específicas de manuseios de armas, como manipular armas de baixa letalidade, até chegar ao estágio de lidar com armas de fogo, dirigir viaturas, serviços policiais propriamente ditos”, explicou o recruta.

 

Em apenas uma semana oficialmente como policial, o soldado Vasconcelos já atuou na apreensão de armas de fogo, drogas e a prisão de assaltantes em atitudes suspeitas.

 

Treinamento

 

São, aproximadamente, nove meses de aprendizado. Os recrutas têm cursos de abordagem, fundamentos do Direito, treinamento físico-militar, aprendem sobre hierarquia, continência, juramento e como se portar com o chefe do Executivo em desfile da tropa e outras solenidades.

 

O governador Renan Filho, em apenas um ano, convocou 800 soldados e 30 cadetes, robustecendo as fileiras da Polícia Militar. Recentemente, ele assegurou que o Governo do Estado já prepara concursos públicos para a PM, Corpo de Bombeiros, além de convocar novos policiais civis.