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SSP elucida casos de homicídio na capital e retira criminosos de circulação

Crimes foram motivados por disputa pelo comando do tráfico de drogas em bairros de Maceió

Texto de Gildo Júnior

Reduzir os números de homicídios em Alagoas é uma das principais metas da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP/AL), que não tem medido esforços para retirar de circulação os envolvidos em crimes dessa natureza.

 

Em entrevista à imprensa na quarta-feira (23), sob o comando do secretário Lima Júnior, a instituição apresentou os vários casos ocorridos na capital e seus responsáveis.

Uma das ocorrências elucidadas pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), coordenada pelo delegado Fábio Costa, foi a morte de Samuel de Lemos Silva, em 30 de julho deste ano, no Loteamento Brisa do Farol, no bairro Tabuleiro do Martins.

 

A execução foi encomendada pelo chefe do tráfico na Grota Campo da Cerâmica, Yago Anderson Santos da Silva, em razão de suposta comercialização de entorpecentes pela vítima em sua área de comando.

Além do mandante, estão presos Celso Pedro Ferreira de Almeida, responsável por articular o crime com os executores, além de Carlos dos Santos Lima e Thalys Nascimento dos Santos. Eles foram capturados no dia 16 deste mês, por equipe comandada pelo delegado Bruno Emílio, após expedição de mandados de prisão preventiva pela 7ª Vara Criminal da Capital.

 

Triplo homicídio

 

Outro caso esclarecido e apresentado à imprensa foi o triplo homicídio na Travessa Luis Eugênio, no Bom Parto, em 4 de agosto deste ano, próximo a uma igreja evangélica. Carlos Eliezer Alves Espíndola, Lailton Correia dos Santos e Anderson da Silva Santana Lira, conhecido como ‘Moinha’, foram mortos enquanto dormiam.

 

Pelo triplo homicídio, foi capturado e apresentado à imprensa Mário Francisco dos Santos Neto, o ‘Maurinho’, preso no último dia 18, com apoio do 4º Batalhão de Polícia Militar.

 

O acusado integra uma quadrilha especializada no tráfico de drogas na região do Bom Parto, chefiada pelo detento Anderson de Menezes Cerqueira, o ‘Mancha’, que passava as ordens para o bando por meio de sua esposa, Pâmela Karithyane da Silva Barbosa.

 

Para manter o controle do tráfico na região, uma vez que as vítimas eram envolvidas com o comércio de entorpecentes, ‘Mancha’ determinou os assassinatos, executados ainda por Pâmela Karithyane, Fagner Soares de Oliveira, o ‘Ninho’; Emerson Andrade dos Santos, conhecido por ‘Diabinho’ ou ‘Minho’; e as pessoas identificadas apenas pelas alcunhas ‘Atalaia’, ‘Treva’, ‘Pico’ e ‘Bigode’.

 

Mais disputa por tráfico

 

Entre os crimes elucidados pelas forças de segurança do Estado também está o assassinato de Ednelson Aristeu do Nascimento Júnior, ocorrido na terça-feira (22), em Sauhaçuí, bairro de Ipioca, no Litoral Norte do Estado.

 

A vítima foi executada com 11 tiros, sendo oito na cabeça, por Kallew Handerson Araújo dos Santos, de 28 anos, que estava com uma pistola 765 e foi atingido por um sargento da Polícia Militar após a prática criminosa. Outro homem envolvido no crime, identificado apenas como Fábio, conseguiu escapar.

 

Para cometer o homicídio, Fábio teria recebido um revolver de calibre 38 do primo José Máximo Souza dos Santos, de 21 anos, conhecido como ‘Ferrugem.

 

Segundo a polícia, Ednelson teria executado na mesma região, na semana passada, um indivíduo identificado como Jonatha e prometido matar mais três pessoas do seu grupo. Sabendo disso, os comparsas do Jonatha resolveram eliminar Ednelson na guerra do tráfico. Os acusados são apontados como autores de outros homicídios registrados nos últimos dias, na localidade.

Também participaram da coletiva o delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas (PC/AL), Paulo Cerqueira, a gerente de Polícia Judiciária da Região Metropolitana, delegada Ana Luíza Nogueira, e o comandante do 4º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Silvestre Soares.