Alagoas adere ao Escuta Susp para profissionais de segurança pública

Por ASCOM às 28/08/2024 19:18 - Atualizado em 29/08/2024 09:45

Serviço vai oferecer atendimento psicológico aos profissionais da área de segurança; adesão ocorreu durante reunião do Consesp, em, Maceió

Roberison Xavier / Ascom SSP/AL

A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) aderiu ao programa Escuta Susp, desenvolvido pelo Governo Federal, para cuidar da saúde mental dos profissionais de segurança pública de todo o país. A assinatura do termo de adesão ocorreu nesta quarta-feira (28), durante o segundo dia da 91ª reunião ordinária do Conselho Nacional de Segurança Pública, que está sendo realizada em Maceió.

A solenidade que oficializou a adesão contou com a presença do secretário Nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, que enalteceu a importância do serviço de atendimento, principalmente para os agentes públicos que atuam diariamente no combate à criminalidade.

“O Escuta Susp é um programa que nós também trabalhamos com muita ênfase. Fui gestor do Ministério Público de São Paulo e pude sentir na pele os problemas de saúde mental que envolveram a minha carreira, os afastamentos que nós fomos obrigados a experimentar e, evidentemente, esse problema se acentua quando nós pensamos nas nossas forças policiais, naqueles que estão combatendo nas ruas, nos nossos investigadores de polícia. Todo o sistema de segurança pública tem sofrido muito com isso, e nós queremos que os efetivos estejam trabalhando de forma saudável. Nós temos uma preocupação de valorização dos profissionais das nossas forças e também de olhar para a saúde mental desses profissionais, por isso o Escuta Susp está avançando”, afirmou Sarrubbo, reforçando que mais estados também estão aderindo o programa que já funciona em locais como Distrito Federal, Minas Gerais e Sergipe.

Durante o evento, o secretário da Segurança Pública de Alagoas, Flávio Saraiva, agradeceu a parceria e enalteceu os investimentos promovidos pela gestão na qualidade de vida dos profissionais estaduais.

“Estamos destinando, com o apoio do Fundo Nacional de Segurança Pública, mais de R$ 8,7 milhões para melhorias de serviços assistenciais de nossos policiais e bombeiros. Parte destes valores já foram usados na aquisição de equipamentos e em ações de promoção à saúde e prevenção ao adoecimento, estimulando assim o autocuidado, a cultura prevencionista, a segurança do trabalho e a valorização profissional. E estamos em fase de licitação para a contratação de mais 4 mil serviços psicossociais, como consultas e atendimentos com psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais, além de terapias em grupo, levantamentos de demandas, palestras e oficinas pedagógicas de manejo de estresse e ansiedade. Esta nova parceria com o Escuta Susp vai reforçar ainda mais o empenho que temos em melhorar a saúde dos nossos profissionais”, disse.

O Escuta Susp vai disponibilizar atendimento psicológico on-line com um protocolo específico para os agentes de segurança pública. O acompanhamento, que ainda será estruturado pelo Núcleo de Qualidade de Vida da SSP/AL, terá três abordagens: acolhimento, para suprir questões pontuais em poucas sessões; psicoterapia para o acompanhamento em 20 sessões; e intervenção em comportamentos que possam, eventualmente, levar ao suicídio.

PEC da Segurança Pública

Ainda em sua participação na reunião ordinária do Consesp, o secretário Nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, garantiu a autonomia dos Estados em meios as discussões da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública. A certificação foi dada após os membros do conselho questionarem a participação ativa dos estados no projeto.

“A PEC não muda a competência dos Estados, não permite este tipo de interferência, não é a ideia. Queremos ampliar o combate ao crime organizado, principalmente, quando ele ultrapassa as nossas fronteiras. Hoje mesmo a Polícia Federal fez uma operação magnífica atacando o crime organizado e a lavagem de dinheiro. Uma operação com muitas prisões no estado de São Paulo, envolvendo uma fintech, que estaria fornecendo contas que não passavam pelo sistema bancário e pelo controle do Banco Central para a movimentação financeira da criminalidade organizada ou até mesmo para sonegadores de impostos. Portanto, cada um na sua atribuição, apenas constitucionalizando algo que já é uma realidade. Outra ideia que levamos ao debate é que a União não tem uma polícia ostensiva, apenas a judiciária, então buscamos uma similaridade com aquilo que nós temos nos Estados. Ontem, o presidente da República fez uma rodada com o ministro [da Justiça] [Carlos] Lewandowski e com alguns ministros que foram governadores, e antes do projeto ser enviado para o Congresso, será feito um alinhamento com os senhores que integram o Consesp também”, esclareceu Mário Sarrubbo.

O segundo dia da reunião ordinária também contou com a presença do presidente do Consesp e secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar; do diretor de Operações Integradas e de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública, Rodney da Silva; da diretora de Gestão do Fundo Nacional de Segurança Pública da Senasp, Camila Pintarelli; da diretora do Sistema Único de Segurança Pública, Isabel Seixas de Figueiredo; do diretor da Força Nacional de Segurança Pública, coronel Fernando Alencar; e do diretor substituto de Gestão e Integração de Informações da Senasp, Derik Reis do Nascimento.

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