Segurança Pública destaca atuação de órgãos integrados ao longo dos 200 anos de AL

Por ASCOM às 16/09/2017 15:52

Servidores também relembram fatos marcantes e curiosidades ao longo das décadas

Texto de Micheliny Tenório e Vanessa Siqueira

A Secretaria de Estado da Segurança Pública vem há mais de 45 anos inserida no Executivo do Estado como a pasta responsável por reunir as forças da Segurança Pública. Pode também ser considerada uma jovem mãe, com filhos experientes e com grande importância dentro dos 200 anos de Alagoas.

 

Desde sua criação, já foi chamada de Secretaria de Defesa Social, Secretaria de Ressocialização e Defesa Social até hoje. Nesta trajetória ocuparam o cargo de secretário 29 gestores, além do atual secretário coronel PM Paulo Domingos Lima Júnior.

 

A Pasta também já funcionou em outros prédios, como na antiga sede do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), no bairro do Pontal da Barra, também ao lado do atual Museu Floriano Peixoto, no Centro de Maceió, e também no bairro do Farol.

 

A Secretaria teve como primeiro secretário o Bacharel Francisco Fernandes Costa, que ficou no cargo entre 19 de janeiro de 1970 a 15 de março de 1971. Pelo cargo também passaram gestores que até hoje são lembrados, como é o caso do coronel da Reserva do Exército José do Azevedo Amaral e de Ardel de Arthur Jucá, secretários durante os governos de Divaldo Suruagy.

 

A Segurança Pública pelos olhos de quem a faz

 

Vidas que se entrelaçam com a história da Segurança Pública de Alagoas. Assim são os servidores públicos Vanderi Ferreira de Lima, já aposentado, e Rubens Lima da Silva, ainda na ativa. Ambos relataram fatos que os acompanharam desde que passaram a integrar a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP).

 

Seu Vanderi começou a carreira pública como guarda civil, semelhante a agente de Polícia Civil, no ano de 1966, quando a pasta tinha como secretário o coronel Bittencourt do Exército Brasileiro (EB). Depois de passar por algumas delegacias, em 1976 assumiu a Diretoria de Pessoal da SSP, onde permaneceu até março de 2015.

Na SSP deixou amigos que costuma visitar esporadicamente e um legado que até hoje é referenciado pelos colegas de trabalho. Casado, pai de quatro filhos, inclusive um deles é agente de Polícia Civil, e avô de seis netos, o ex-diretor do Setor de Recursos Humanos da SSP desmistificou a lenda que pairava sobre o atual prédio onde funciona a SSP.

 

“Esse prédio da Secretaria nunca foi a sede do chamado ‘Cadeião’, funcionava uma agência do INSS. O cadeião era em frente à praça situada ao lado do Quartel do Comando Geral. Depois, o Cadeião foi transferido para onde é hoje o Sistema penitenciário”, lembrou.

 

Durante 49 anos, seu Vanderi foi um exemplo de dedicação ao serviço público e buscou fazer de suas atribuições administrativas uma maneira de valorizar os agentes de segurança no combate à violência.

 

Histórias desde o estágio

 

Bem humorado e simpático Rubens Lima é do tipo que está sempre pronto para colaborar com os colegas de trabalho com os quais mantém excelente entrosamento. No alto de seus 34 anos de serviço público, o sorriso leve demonstra o carinho e o zelo que mantém com o trabalho iniciado em 1982 como estagiário de mecânica.

“Eu vim para estagiar na oficina do Detran, pois tinha finalizado o curso de mecânica pelo Senai. À época, o secretário Ardel de Arthur Jucá, no segundo Governo Divaldo Suruagy, me indicou para o estágio. E eu que vim para estagiar terminei ficando”, relembra com o orgulho de ter sido efetivado três anos após.

 

Em sua trajetória, o então servidor público permaneceu por quatro anos no Departamento Estadual de Transito (Detran). Após esse período, submeteu-se ao teste de perito vistoriador da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos, sendo aprovado. Cumpriu a missão confiada e foi designado para a Delegacia de Acidentes de Trânsito na qual realizava a vistoria de carros acidentados, até chegar à Divisão de Transporte da SSP, seu atual setor.

 

“As delegacias e a Divisão de Transporte funcionavam no mesmo espaço, na sede que ficava no Pontal da Barra, mas, a Marinha do Brasil solicitou a devolução do prédio e nós tivemos que nos mudar para a sede do antigo Banco Produban”, recordou Seu Rubens.

 

Da antiga sede do banco estadual, situado no Centro, a SSP já ocupou o prédio que pertenceu à Empresa Telemar, na Rua Goiás, bairro do Farol, até se instalar na sede atual.

 

Desde que passou a integrar o quadro da Segurança Pública, Seu Rubens conviveu com 23 secretários diferentes, alguns em mais de uma gestão, ocupantes da pasta até hoje, para os quais destaca a atuação.

 

“Foram bons secretários porque impuseram ordem, organizaram os procedimentos burocráticos da Secretaria e moralizaram os serviços desenvolvidos. E o atual secretário, coronel Lima Junior, tem prosseguido com esta mesma visão”.

 

Dentre os secretários que passaram pela SSP, já ocuparam a pasta generais e tenentes-coronéis do Exército Brasileiro, coronéis da Polícia Militar, delegados federais e da Polícia Civil, advogados, juiz e promotores.

 

“É preciso ter coragem e determinação para assumir essa Secretaria”, sentenciou seu Rubens, que a exemplo dos secretários, mantem-se íntegro e focado em seu trabalho, mesmo já tendo tempo para solicitar aposentadoria.

 

Polícia Militar: 185 anos em defesa do povo alagoano

 

Mas bem antes do surgimento da Secretaria de Segurança Pública, as corporações que hoje compõem a pasta já trilhavam suas histórias e ofereciam serviços à população alagoana.

Há 185 anos era criada oficialmente a Polícia Militar de Alagoas graças a edição da Lei Imperial de 10 de outubro de 1831, que autorizava cada província a criar seus Corpos de Guardas Municipais Voluntários (CGMV) e o cargo de comandante-geral foi ocupado, por indicação, pelo reverendo Cypriano Lopes de Arroxelas Galvão.

 

São várias as histórias que marcam a história da PM de Alagoas, dentre elas a caçada ao bando de Lampião, o combate aos Irmãos Morais, além de atuação em diversos conflitos nacionais e internacionais e fatos da história política recente, como o emblemático 17 de julho de 1997, onde milhares de policiais militares e civis, funcionários públicos e familiares de servidores estaduais marcharam, em passeata pública, para a Praça Dom Pedro II, onde se situava a sede da Assembleia Legislativa Estadual.

 

Ao longo de sua história, a Polícia Militar também chegou a ser composta pelo Corpo de Bombeiros. Oficialmente ele foi criado em 29 de novembro de 1947 pelo então governador Silvestre Péricles de Góes Monteiro. Na época, a formação era destinada a extinção de incêndios e salvamento de vidas e haveres, no município da capital.

 

Em 31 de maio de 1960 a Lei n° 2231 transformou a então Formação de Bombeiros em Companhia, com um efetivo de cento e vinte e sete homens. Em 20 de outubro de 1970, a Lei n° 3116 transformou a Companhia de Bombeiros em Corpo de Bombeiros, com um efetivo de cento e setenta e sete homens, inclusive seis oficiais.

 

O Quartel do Corpo de Bombeiros funcionou até 1976, ao lado do Quartel Geral da Polícia Militar na Praça da Independência. Acontece que somente em 09 de novembro de 1976, foi inaugurado esse novo Quartel do Corpo de Bombeiros, no Trapiche da Barra, sendo o comandante geral da Polícia Militar na época o Cel. Paulo Ney Machado Ramalho de Azevedo, e o governador do Estado Divaldo Suruagy.

 

No dia 26 de maio de 1993 o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Alagoas tem sua autonomia administrativa da Polícia Militar.

 

Os 42 anos de Polícia Civil de Alagoas

 

Foi no ano de 1912 que o governador Clodoaldo da Fonseca decidiu reorganizar as forças policiais do Estado, e cria a Guarda Civil, para junto com a Polícia Militar, formarem a Força Pública do Estado de Alagoas. Na época, suas atribuições incluíam cuidar do trânsito, prestar segurança ao Palácio do Governo, Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas, Tribunal de Justiça e Câmara de Vereadores, além de trabalhar nas delegacias desenvolvendo atividades policiais.

 

Em 1975 o governador Divaldo Suruagy sancionou a Lei nº 3.437, instituiu os cargos da estrutura da Polícia Civil do Estado de Alagoas. No ano de 1982 foi criada a Escola de Polícia Civil de Alagoas (EPOCA) para formar e aprimorar os policiais civis e em 87 foi criada a carreira de policial civil. Nesse período houve a ampliação da estrutura da PC, com a criação do Departamento Central de Polícia Civil (DECEPOC); Departamento de Polícia da Capital (DEPOC); Departamento de Polícia do Interior (DEPIN); Departamento de Informações e Estatísticas (DETEINE); Departamento de Administração Policial (DEAP), além do aumento do número de delegacias distritais e especializadas.

 

Por muito tempo a Perícia Oficial pertenceu à Polícia Civil como Perícia Forense. Ela ganhou autonomia em 2005 e tendo como primeiro diretor o perito Ailton Carlos de Lima Vilanova. A Perícia trabalha em estreita cooperação com todos os órgãos de Segurança Pública do Estado e com a Justiça de Alagoas.

 

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