PREVENÇÃO

SSP participa de palestras e simulados de ataque a escolas em Maceió e São Miguel dos Campos

Atividades conjuntas com a Seduc fazem parte do plano de ação anunciado pelo Governo de Alagoas por causa das ameaças de ataques a escolas registradas no país

Integrantes da Secretaria de Estado da Segurança Pública participaram de dois simulados de ataques a escolas da rede pública estadual, localizadas nos municípios de Maceió e São Miguel dos Campos. A ação faz parte da capacitação conjunta com servidores da Secretaria de Estado da Educação e integram o plano do Governo de Alagoas para combater possíveis ameaças.

A primeira atividade visando a prevenção à violência no ambiente escolar ocorreu na Escola Estadual Ana Lins, no Centro da cidade do interior alagoano, na última quinta-feira (31), com integrantes da 2ª Gerência Especial de Educação (GEE). Já na sexta (1º), o exercício simulado ocorreu na Escola Estadual Professora Maria José Loureiro, na capital alagoana. Além da simulação, também aconteceram palestras e aulas de defesa pessoal.

Os trabalhos preventivos, coordenados pela Chefia de Articulação de Políticas de Prevenção e pela Gerência do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência, contaram com a participação de equipes da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, Guarda Municipal e Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito, além de estudantes e profissionais da educação.

Entre os servidores da rede de ensino, os vigias escolares receberam uma capacitação específica sobre como proceder em situações de possíveis ameaças de ataques, recebendo também orientações básicas sobre primeiros socorros. A qualificação também envolve o controle de acesso às unidades de ensino.

Funcionário da Escola Estadual Josefa Conceição da Costa, Maciel Lucena, que trabalha como vigia há 17 anos, destacou a importância do treinamento. “Foi muito bom porque tivemos a oportunidade de compartilhar experiências vividas no local de trabalho. São inúmeras as situações que acontecem no chão da escola, e um curso como esse só nos engrandece enquanto profissionais da área”, avaliou.

Tanto estudantes, quanto servidores aprovaram a iniciativa e disseram que a experiência foi a mais realista possível. “Foi muito importante termos esse momento, pois a gente vê essas situações na TV e muitas vezes acha que não podem acontecer conosco. Nesta simulação, fomos ensinados a proceder de forma a não entrar em pânico”, observou a diretora Damiana Melo.

A estudante Ytauana Victória dos Santos, aluna 7º ano, falou das orientações recebidas. “Foi uma experiência diferente, algo que nunca tinha visto. Aprendemos, por exemplo, como a gente deve se comportar, para não empurrar o colega, não se apavorar”, relatou a adolescente.

A próxima ação ocorrerá nesta terça (05), mobilizando dezenas de profissionais da 3ª GEE, em Palmeira dos Índios. Até novembro, os agentes de segurança já terão percorrido todas as gerências especiais.

Chefe de gestão de Ações Escolares e Comunitárias da SSP, a major Beatriz Argolo reforça o alcance das capacitações. “No interior, iremos novamente reunir um grande quantitativo de profissionais que atuam diretamente na segurança das escolas, contando, ainda, com o apoio dos municípios, que nos auxiliam, durante os simulados, com os guardas municipais e as equipes de trânsito”, explica a oficial.

Observatório da Segurança

Em abril, a SSP instituiu um observatório – que também é coordenado pela Chefia de Articulação – para realizar pesquisas, coletas e sistematizar informações sobre violência nas escolas. As ações realizadas a partir deste observatório garantem o desenvolvimento e aperfeiçoamento de projetos ou programas de segurança escolar, através da articulação com os órgãos da segurança pública, segmentos da educação, esporte e cultura, sistema de justiça, instituições de ensino superior, comunidade e demais parceiros.

Os trabalhos do grupo também são acompanhados pela Seduc com a criação da Mesa de Situação, um ambiente criado para aprimorar o trabalho conjunto preventivo frente às possíveis ações infracionais que por ventura venham ocorrer no ambiente escolar e criar mecanismos e debates para fomentar políticas públicas que gerem mais tranquilidade tanto para os profissionais da educação, quanto os próprios alunos.